quinta-feira, agosto 18, 2005

Declaração

Passo pelos momentos diários sonhando com algo que não virá. Uso todos os meus minutos construindo sonhos talvez impossíveis. Esta é a minha maneira de existir sem medos.
Levo minha vida tentando fugir da hipocrisia do que já estava escrito.
Tento não ser mais ou menos do que eu mesmo.
Erros? quem não os comete? Defeitos todos temos, e com eles convivemos, e por eles choramos. Segredos? são o combustível da nossa personalidade.
Arrependimentos vários nos invadem no balanço de nossas contas. Às vezes podíamos ter feito mais e muitas vezes devíamos ter esperado menos ou nada.
Quando me volto para meu mundo vejo que as cores com as quais o pintei, talvez não sejam as mais bonitas, mas eu o pintei com as tintas que me deram, e algumas vezes sem usar pincéis.
Aos poucos percebo onde pode ser diferente e quais frases minhas podem (ou devem) ser melhoradas.
Pensamentos voam como gaivotas às vezes, sobre mares azuis, outras ezes como corvos sinalizando maus momentos.
E os sonhos continuam.
Quem sou?
Quem vê com o solhos da alma consegue ver o que é verdadeiro, pois muitas vezes usamos nossas máscaras sujas, rotas e ultrapassadas para nos defender das mazelas da convivência com esses a quem chamamos de seres humanos.
Então chega o momento de fechar os olhos novamente. E quando os abro novamente, vejo as mesmas cores de todos os dias.
E os baldes de tinta estão em outras mãos.
Hojo tomo as rédeas da minha existência, declarando aos quatro ventos que apesar de meus erros, defeitos, sonhos não realizados, pensamentos errantes, frases imperfeitas, e apesar de toda a hipocrisia que me rodeia, cosigo enxergar felicidade nas cores que usei para colorir meu mundo.
No fundo, bem lá no fundo.