sexta-feira, setembro 02, 2005

Onde o amor morre...

Descobri que o amor não morre, apenas se esquece.
Um amor que é mais por si, não se dá.
Esquece-se do amor, almejando o altruísmo,
mas no seu egoísmo, faz não pelo prazer de fazer,
mas pensando no receber.
E me pergunto: que amor é ese?
Um amor que não perdoa?
Nada quer se não for como quer?
Ou não perdoa porque é amor?
Descobri que o amor não morre, apenas adormece.
Dói pela ausência, pela não presença,
machuca-se pelo silêncio, e quer ferir pela abstinência.
Os verdadeiros motivos se perdem,
os reais sentidos se esvaem.
Não se sabe mais falar. E amar?
Que amor é esse que não cai no espaço?
Não esquece os fatos ou abre os braços?
Troca o dar, deixa o tocar,
leva-se pelo falar, esquece-se de mostrar,
não brilha mais no olhar.
Descobri que não morre o amor, mas não basta amar.
é preciso dar muito mais que cobrar,
é necessário rir sempre para nunca chorar,
sempre respeitar para nunca se indignar,
já que amar é nunca esperar,
pois cada um tem seu tempo e jeito de amar.

09/09/2003