quinta-feira, setembro 29, 2005

Ausencia

Não consigo me acostumar
com sua ausência a me atormentar.
Não posso encarar isso como uma doença,
mas sim como um vício.
Tomou conta dos meus órgãos
e controla meus sentidos
exigindo doses diárias de você.
Sinto seu calor quando
fecho os olhos e me lembro
dos seus lábios a me procurar.
Você me impregnou com sua presença.
Habituou-me à sua pele
com toques mistos de carinhos
e desejos secretos.
Agora apenas o quarto,
frio, solitário, e vazio de você.
Enquanto isso,
meu corpo pede e vibra
por todo o seu amor.
Por isso não consigo me acostumar
com sua ausência.
Tornou-se meu porto seguro,
para onde volto todo fim de dia,
depois de navegar por águas revoltas.
Anjo das minhas noites,
não me faça mais perder
preciosos momentos e minutos
a me lembrar
de você a me chamar,
e beijar, e tocar, e amar...
Vem e me prova,
toma do que é seu
e me encha com sua presença,
pois não quero me acostumar
com sua ausência a me atormentar.

26/09/2005