terça-feira, fevereiro 21, 2006

...

As coisas não têm mais meio
fim ou ao menos começo.
Tudo se mistura num frenético
enrolar de corpos, lábios e abraços.
Vais se perpetuando nas trocas
de olhar, carinhos, afagos,
palavras doces, toques sensuais,
ardente, quentes e poderosos.
Não estamos presos por algemas
e nossas celas não têm grades.
Permanecemos presos por nossa própria vontade.
É dar, receber, e amar...
e nos enroscamos um no outro,
como se nossos corpos não tivessem
mais fim, meio, começo.
Deixamos nos levar
agora pagarmos o preço por amar.
E precisamos cada vez mais,
do gosto, do cheiro, do beijo e do outro.

20/02/2006

Você é meu Alimento

Percebo o que acontece,
sim, sem máscaras,
e sem medos me entrego,
pois é consensual, é mútuo:
sugamos da essência um alimentando o outro,
suprindos as lacunas, preenchendo os espaços,
para que não procurem mais nosso braços outros abraços,
e nossas bocas outros beijos.
Entendemos numa troca de olhar
ou num breve tocar,
que já não nos pertencemos nete eterno doar,
e ousamos nos alimentar com o nosso beijar,
nosso tocar, só nosso jeito de amar.
Sempre a nos alimentar.

17/02/2006

...

Durmo à noite e sonho
durante o dia, esperando o fim
onde começa tudo de novo.
Espero cada hora
apenas para passar alguns minutos
aproveitando os segundos
como meu único sustento.
Nesses momentos, raros,
tudo tem sentido, ganha razão,
com a chance de dar vazão
a tão bom sentimento.
Estar com você é como um novo nascer.
Beijar você é sempre um novo prazer.
como se tudo a fazer
fosse apenas me esquecer
em seus braços, e em seu corpo
adormecer.

15/02/2006