terça-feira, fevereiro 21, 2006

...

As coisas não têm mais meio
fim ou ao menos começo.
Tudo se mistura num frenético
enrolar de corpos, lábios e abraços.
Vais se perpetuando nas trocas
de olhar, carinhos, afagos,
palavras doces, toques sensuais,
ardente, quentes e poderosos.
Não estamos presos por algemas
e nossas celas não têm grades.
Permanecemos presos por nossa própria vontade.
É dar, receber, e amar...
e nos enroscamos um no outro,
como se nossos corpos não tivessem
mais fim, meio, começo.
Deixamos nos levar
agora pagarmos o preço por amar.
E precisamos cada vez mais,
do gosto, do cheiro, do beijo e do outro.

20/02/2006